Depois da exibição de três curtas, Viviane Siqueira Martins (CRP 05/ 32170), conselheira do CRP-RJ e integrante da Comissão Gestora da Subsede, coordenou o evento e iniciou o 48º Cine Psi Baixada, falando sobre a importância de a Psicologia debater sua inserção nas questões de mobilidade humana para além das salas de aula. O evento aconteceu no dia 22 de setembro na Subsede do CRP-RJ em Nova Iguaçu.
Logo em seguida, a conselheira coordenadora do Eixo sobre Mobilidade Humana da Comissão de Direitos Humanos do CRP-RJ, Janaina Sant’Anna (CRP 05/17875), contextualizou que “o vídeo que escolhemos foi para falar da prática profissional do psicólogo que atua na área de trânsito e mobilidade humana. A ideia é mostrar que nossa atuação está para além da avaliação para obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação”.
De acordo com Janaina, alguns estados estão mais à frente no que se refere ao tema da mobilidade, assim como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Norte. “No Rio, estamos ainda engessados na avaliação para CNH e, com isso, o psicólogo consegue fazer pouco ainda. A Psicologia busca ampliar a discussão e lutar por políticas públicas para uma mobilidade humana que abarque todas as formas de ir, vir e estar nas cidades sem segregação e exclusão e que atenda à real necessidade das pessoas”.
“Importa à Psicologia discutir o direito à cidade e destacamos neste evento a mobilidade humana, seus impactos na vida das pessoas e a atuação da Psicologia para além da CNH. É urgente repensar a atuação da Psicologia no contexto trânsito e o processo de Avaliação Psicológica para fins da CNH. A promoção da Saúde e da Educação para o trânsito e o acompanhamento psicológico das vítimas de trânsito demandam à Psicologia uma atuação mais efetiva”, defendeu Janaina.
Para Renata Fiuza (CRP 05/33791), especialista em Psicologia do Trânsito, perita Examinadora de Trânsito pela UNIRIO, quando se fala de mobilidade humana, fala-se de todos, já que ela é uma responsabilidade de todos. Ela defendeu, ainda, a ideia de essa temática seja debatida nas escolas.
Para a psicóloga Clarice do Nascimento Faria (CRP 05/24435), a Psicologia do Trânsito deve abraçar questões para além da Avaliação Psicológica, tais como: implementação de trabalhos terapêuticos para vítimas de acidentes trânsito com sequelas e realização de um trabalho de educação para conscientização, tanto em escolas como nas empresas de transporte coletivo e cooperativas de táxi, para prevenção de perdas irreversíveis ou invisíveis como de entes queridos que acabam fazendo parte da estatística de vítimas de acidentes. Clarice defendeu ainda a importância da realização de trabalhos de grupos de apoio para quem sofre acidentes, como também da implantação de políticas públicas com apoio do DETRAN /RJ.
Setembro de 2015
