Free cookie consent management tool by TermsFeed Generator

auto_awesome

Noticias






Região Serrana sofre com chuvas e relembra trauma de 2011


Data de Publicação: 18 de janeiro de 2016


O lastro de dor e perdas deixado pelo desastre que afetou tragicamente sete municípios da Região Serrana em janeiro de 2011 não chegou ao fim. Uma vez mais, as fortes chuvas do último fim de semana deixaram as autoridades e a população da região em estado de alerta.

De acordo com dados oficiais da Defesa Civil, mais de 200 pessoas em Petrópolis estão desalojadas. Desde sexta-feira, 15 de janeiro, foram registradas 425 ocorrências de deslizamentos, alagamentos e inundações. De sexta (15 de janeiro) para sábado (16), enchentes e deslizamentos tomaram conta da região de Itaipava e também do Vale do Cuiabá, região profundamente atingida em 2011. Moradores estavam angustiados e apreensivos, temerosos de que nova tragédia acontecesse. Desta vez, não houve mortos ou feridos.

Em Nova Friburgo, uma escola e um posto de saúde foram destruídos após a queda de uma barreira e três pessoas estão desalojadas. Cinquenta e seis imóveis foram interditados e, mesmo com os deslizamentos e inundações, não há registro de vítimas. O acesso à Teresópolis também foi interditado.

Episódios como esses revelam como o trauma ainda está presente no cotidiano da população da região. Passados cinco anos desde a maior tragédia socioambiental da Região Serrana fluminense, praticamente nenhuma medida reparadora foi ainda empreendida pelo poder público. Novamente, as promessas não foram convertidas em ações.

Em 12 de janeiro de 2011, uma forte chuva assolou a região, afetando brutalmente a vida de milhares de pessoas tanto nas periferias quanto nas regiões centrais desses municípios. Centenas de pessoas morreram, outras centenas delas permanecem desaparecidas e milhares de outras tantas perderam suas casas.

Até hoje, na maioria dos municípios atingidos em 2011, nenhuma casa construída pelo poder público e entregue àqueles que perderam seus lares por enchentes, inundações ou deslizamentos de terra. O sentimento de dor e perda permanece naqueles que, mais do que somente suas casas, perderam parte de sua história e de sua memória, estando condenados a um triste passado que ainda não teve fim por conta do descaso do Estado, enquanto que a rotina de chuvas e deslizamentos continua a afetar a população local.