O CRP-RJ realizou um Pré-Congresso Regional de Psicologia (pré-Corep) no município de São João da Barra, no Norte Fluminense, na quinta-feira, 25 de fevereiro. Psicólogas (os) da região se reuniram em auditório da Secretaria Municipal de Educação no evento em que foram eleitas três delegadas – psicólogas que levarão as cinco propostas aprovadas na ocasião ao 9º Congresso Regional de Psicologia (COREP), que ocorrerá no Rio de Janeiro do dia 29 de maio ao dia 1º de abril – e uma suplente.
Abrindo o pré-congresso, a conselheira presidente da Comissão Gestora da Subsede Norte e Noroeste do CRP-RJ (Campos dos Goytacazes), Fátima Siqueira Peçanha (CRP 05/9138), e a psicóloga Denise da Silva Gomes (CRP 05/41189), também conselheira do CRP-RJ, explicaram às psicólogas presentes todo o processo de eventos, elaboração de propostas e eleição de representantes que precede o COREP.
“Os colegas que estão atuando na área começam a criar um fortalecimento dessa categoria específica que trabalha na área de Educação, e isso potencializa a psicologia como ciência e profissão. Que a gente possa, cada vez mais, expandir a psicologia, na área da saúde, da educação, das políticas públicas, com maior empoderamento de saberes que fortaleçam nossas práticas no cotidiano”, disse Peçanha.
 As participantes debateram e elaboraram as propostas a serem levadas pelas delegadas ao COREP a partir dos três eixos temáticos da 9ª edição do evento: organização democrática do Sistema Conselhos de Psicologia e aperfeiçoamento das estratégias de diálogo junto à categoria e sociedade (eixo 1); contribuições éticas, políticas e técnicas do processo democrático e da garantia de direitos (eixo 2) e ampliação e qualificação do exercício profissional do Estado de garantia de direitos (eixo 3).
As participantes debateram e elaboraram as propostas a serem levadas pelas delegadas ao COREP a partir dos três eixos temáticos da 9ª edição do evento: organização democrática do Sistema Conselhos de Psicologia e aperfeiçoamento das estratégias de diálogo junto à categoria e sociedade (eixo 1); contribuições éticas, políticas e técnicas do processo democrático e da garantia de direitos (eixo 2) e ampliação e qualificação do exercício profissional do Estado de garantia de direitos (eixo 3).
As cinco propostas aprovadas versavam sobre diversas questões relacionadas ao debate sobre Psicologia e Educação, como a elaboração de uma moção de apoio ao Projeto de Lei nº 3.688/2000 que prevê a inserção de profissionais de psicologia e serviço social na rede pública de educação básica; a articulação e interlocução das ações do Sistema Conselhos de Psicologia com os Conselhos Tutelares, as Instituições de Acolhimento, o Poder Judiciário e o Ministério Público, e sobre a ampliação da participação de psicólogos no processo de construção e aprimoramento das políticas públicas para a melhoria da qualidade da Educação Básica.
Também foi proposta a inserção, como obrigatórias e não eletivas, de disciplinas e estágios curriculares referentes à atuação de psicólogos nas Políticas Públicas em planos de curso de graduação de Psicologia, viabilizando a instrumentalização do profissional para a consolidação da garantia de Direitos. Por fim, as participantes também propuseram a elaboração de estratégias que favoreçam a aproximação do Sistema Conselhos com os cursos de Graduação em Psicologia das Universidades, para que estudantes se apropriem das legislações profissionais.
Foram eleitas três delegadas e uma suplente. “Na Educação, nós convivemos com muitos impasses, ainda vivenciamos os efeitos de muitos ranços da psicologia do ajustamento, nos seus primórdios. Então, na escola, ainda temos muitos desafios nesse sentido. As queixas que nos são apresentadas, na maioria das vezes, são de problemas que demandam o ajustamento do sujeito, queixas medicalizantes e que também psicologizam as questões pedagógicas”, disse Gisele Pessin, que atua na Secretaria Municipal de Educação de São João da Barra desde 2011.
“O fracasso escolar, no nosso contexto, tem sido muito individualizado. Os alunos são os sujeitos que recebem toda a culpa daquele fracasso. Essa é uma grande problemática que nós temos enfrentado. E que realmente precisamos de muita discussão e articulação setorial, sobretudo com o CRP, para superarmos esses desafios que temos encontrado”, completou a psicóloga, para quem o pré-Corep é um espaço de suma importância para que as psicólogas que atuam na Educação na região possam “pensar suas atuações e discutir sobre os desafios para construir novas propostas de trabalho”.
Segundo a conselheira presidente da Comissão Gestora da Subsede Norte e Noroeste do CRP-RJ, Fátima Siqueira Peçanha, “o encontro foi muito produtivo, a discussão foi de caráter agregador e com propostas importantes não apenas em nível regional mas nacional”. “Acredito que isso só traz avanços para a psicologia, descentraliza, e traz a possibilidade de aperfeiçoarmos a prática do psicólogo em todos os níveis”, afirmou.
Fevereiro de 2016
 
             
               
               
               
               
      
                                                                     
    
                     
    
                     
    
                    