 O primeiro Pré-Congresso Regional de Psicologia da Baixada Fluminense ocorreu no Teatro Municipal de Itaguaí no dia 26 de fevereiro. O evento foi antecedido por uma mesa temática que debateu a “Violência e os Atravessamentos na Saúde, Educação e Assistência Social”.
O primeiro Pré-Congresso Regional de Psicologia da Baixada Fluminense ocorreu no Teatro Municipal de Itaguaí no dia 26 de fevereiro. O evento foi antecedido por uma mesa temática que debateu a “Violência e os Atravessamentos na Saúde, Educação e Assistência Social”.
Na tarde daquela sexta-feira, a mesa de debates “Violências e os Atravessamentos na Saúde, Educação e Assistência Social” foi composta por Andréia Inauê (CRP 05/27837), psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde de Itaguaí, Marilisa de Freitas (CRP 05/41695), psicóloga da Secretaria Municipal de Educação de Itaguaí, e Suanny de Queiroz (CRP 05/45608), psicologia que atua no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e no Conselho Tutelar de Seropédica. O debate foi mediado pela psicóloga Mônica Affonso Sampaio (CRP 05/44523), colaboradora integrante da Comissão Gestora da Subsede Baixada Fluminense do CRP-RJ.
Dando início à mesa de debates, a conselheira do CRP-RJ e coordenadora da Comissão Gestora da Subsede Baixada, Vanda Vasconcelos Moreira (CRP 05/6065), apresentou os integrantes da Comissão Gestora, formada por psicólogos e colaboradores estudantes.
Em seguida, Vanda destacou brevemente a importância da descentralização das ações do CRP-RJ para os municípios mais distantes da cidade do Rio e apontou que a temática da mesa de debates foi sugerida pelos próprios profissionais da região em cumprimento às deliberações do último Congresso Regional de Psicologia (COREP), em 2013.
Viviane Siqueira Martins (CRP 05/32170), conselheira do CRP-RJ e integrante da Comissão Gestora, explicou o funcionamento e o regimento do Pré-Congresso, que “se destina à elaboração e votação de propostas e eleição de delegados para o 9º COREP”, sendo em seguida projetado o vídeo do 9º CNP.
Após teve início a mesa temática com a fala de Andréia Inauê, que trouxe uma reflexão sobre como a Violência interfere no dia-a-dia dessa área. “Há um aumento de casos de sofrimento psíquico por causa da violência. Crianças e pessoas em geral que não podem ouvir fogos que associam com tiros. E por causa da violência a pessoa em sofrimento é encaminhada geralmente para o psiquiatra e consequentemente temos um aumento da medicalização, que é outro problema”, explicou Inauê.
Ainda segundo ela, “somado a isso há a desmotivação dos próprios profissionais, pois o quadro de violência generalizada que vivemos desmotiva o trabalhador e a população, criando ansiedade, medo e dificuldades práticas, já que muitas vezes o trabalhador da Saúde não pode nem fazer um atendimento domiciliar numa área de risco”.
Já a psicóloga Marilisa de Freitas, que atua na Educação, mostrou os atravessamentos da violência nesta área, atingindo a professores, alunos e todos os trabalhadores da escola. “Nós, psicólogas da Educação, muitas vezes temos problemas para ir, inclusive, em algumas unidades, pois não podemos entrar ou somos impedidas de entrar em áreas de tráfico. A nossa atuação não se restringe à visita às unidades escolares, mas somos impactadas por essa questão”, pontua Freitas. E conclui, “a violência nos afeta na hora de chegar às unidades, nos afeta nas solicitações para atender crianças e adolescentes com casos de agressividade, nos afeta no contato com professores adoecidos. Nosso desafio é trabalhar em grupo esse impacto que a violência causa em todos nós”.
A mediadora da mesa, Mônica Affonso, pontuou ao fim da fala de Marilisa Freitas:“há ainda um atravessamento entre as áreas, pois o professor que está adoecido sai da Educação e vai parar na Saúde. Por isso, podemos e devemos pensar em propostas que dialoguem entre si nesse sentido”.
Por fim, a psicóloga que atua na Assistência Social, Suanny de Queiroz, mostrou o impacto de outra forma de violência na atuação no CRAS. “Muitos dos usuários do CRAS tem uma questão prática a tratar que é o programa de transferência de renda, o bolsa-família. E muitas vezes a pessoa que atende esse usuário o trata como acomodado, o que acaba sendo uma forma de violência. E nós temos que acolher essa pessoa, essa família. Dar esperança para ela correr atrás de seus direitos. Temos que empoderar o usuário, até para que um dia ele não dependa dessa transferência de renda. Mas, nunca trata-lo como acomodado. Essa é uma violência não muito declarada, mas é uma violação de direito.”
Pré-Congresso
Ao final da mesa de debates, teve início o Pré-Congresso com a eleição da mesa diretora para conduzir os trabalhos. A seguir, foi feita a leitura e votação do Regimento Interno do Pré-Congresso.
 Ao final da aprovação do Regimento Interno, teve início a eleição de delegadas (os) para o COREP. Foram eleitos nove delegados, além de outros dois suplentes. Ainda, foram eleitos dois delegados estudantes, um efetivo e outro titular. Após este momento, foram votadas e aprovadas 14 propostas elaboradas pela categoria.
Ao final da aprovação do Regimento Interno, teve início a eleição de delegadas (os) para o COREP. Foram eleitos nove delegados, além de outros dois suplentes. Ainda, foram eleitos dois delegados estudantes, um efetivo e outro titular. Após este momento, foram votadas e aprovadas 14 propostas elaboradas pela categoria.
Março de 2016
 
             
               
               
               
               
      
                                                                     
      
                                                                     
    
                     
    
                     
    
                    