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Pré-Congresso movimenta profissionais e estudantes na UFF de Volta Redonda


Data de Publicação: 22 de março de 2016


volta redondaNa quinta-feira, 17 de março, a UFF (Universidade Federal Fluminense) do município de Volta Redonda, no Sul do estado do Rio de Janeiro, sediou mais um Pré-Congresso Regional de Psicologia. No evento, promovido pelo CRP-RJ (Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro), foram elaboradas propostas a serem levadas ao 9º COREP, que ocorrerá no Rio de Janeiro entre 29 de abril e 1º de maio, e eleitos delegados – psicólogos encarregados de conduzir as propostas votadas no evento ao Congresso.

Este processo eleitoral, que caracteriza todos os chamados Pré-Corep, foi precedido por uma mesa de debates sobre regionalização e interiorização, com palestras dos psicólogos José Novaes (CRP 05/980), conselheiro presidente do CRP-RJ, e André Souza Martins (CRP 05/33917), conselheiro do CRP-RJ que atua na área de atendimento ambulatorial na Secretaria de Saúde de Resende.

A escolha do tema a ser debatido no evento, segundo Martins, deveu-se à intensa discussão em prol da criação de uma subsede do CRP-RJ no Sul Fluminense, para atender às demandas dos profissionais de psicologia que atuam na região. “O tema da interiorização e regionalização aparece em cada encontro de Psicologia em que o CRP esteja presente. E cada vez que há um encontro de estudantes ou de profissionais, o CRP é convocado, assim como o CRP estimula os profissionais a estarem presentes [nos eventos que promove]”, introduziu o representante do CRP-RJ no Sul Fluminense. Para Martins, foi oportuno a discussão ser feita “em um evento político importante como o Pré-Corep”.

“Apesar de a distância geográfica ser um obstáculo forte, as visões políticas são afinadas. Estamos afastados fisicamente, mas próximos politicamente”, enfatizou o conselheiro, referindo-se à distância entre a categoria atuante no Sul do estado e a sede do Conselho, na capital. Após uma breve explanação em que também ressaltou a importância do referido debate e o fato de o processo de regionalização e centralização vir sendo desenvolvido pelo Conselho nos últimos anos, José Novaes falou sobre o processo eleitoral do Sistema Conselhos de Psicologia e a importância de cada uma de suas etapas, além da relação do Conselho com a academia.

“Nós não temos, nem queremos ter, nenhuma gerência sobre os cursos de psicologia. Agora, interferência, nós devemos e queremos ter, no sentido de manter sempre um canal de comunicação, porque a academia forma os profissionais que, depois, nós temos que acolher, quando eles se registram para poder exercer a profissão”, disse o presidente do CRP-RJ, que também falou sobre o papel da instituição e as conquistas que levaram a importantes mudanças em sua atuação ao longo das últimas décadas.

“Pela lei, a finalidade dos conselhos é orientar e disciplinar, regulamentar, fiscalizar o exercício profissional. Inicialmente, quando os Conselhos de Psicologia foram criados, em 1971, eles tinham apenas a visão daquele período obscuro, o mais violento e mais repressivo da Ditadura Civil-Militar, de fiscalizar”, disse Novaes.

“Foi principalmente a partir das décadas de 80 e 90 que o Sistema Conselhos de Psicologia começou a exercer uma série de conquistas democráticas para tornar-se efetivamente mais orientador do que fiscalizador, afastando um pouco a ideia de que o Conselho existe apenas para cobrar anuidades e punir profissionais com processo ético, por exemplo”, completou.

Propostas votadas e delegados eleitos No processo do pré-Corep, em meio a uma intensa troca de ideias, foram eleitos três delegados e um suplente entre os profissionais, e um delegado entre os estudantes, que também participaram ativamente do evento. As propostas aprovadas versavam sobre a inserção de psicólogos na categoria de microempreendedor individual e a regulamentação do piso salarial e da carga horária de psicólogos, além da proposta de que seja criada uma subsede no Sul Fluminense – debate que estava na origem da escolha do tema da mesa que precedeu o processo de elaboração de propostas.

“Esse pré-Corep permitiu que se abrissem outras frentes de encontro entre o CRP-RJ e a categoria que atua no Sul Fluminense. As falas dos profissionais vieram permeadas com maior amplitude de diálogo com a capital. As nossas visões políticas não são distantes, mas a distância geográfica impedia muito esse encontro, e hoje foi fomentada a ampliação desse diálogo e o fortalecimento político da categoria”, avaliou o conselheiro André Souza Martins ao final do evento.

Abril de 2016



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