O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro – CRP-RJ – promoveu, no dia 27 de janeiro, o evento “Diretrizes para atuação técnica em Gestão de Riscos / Desastres”. O evento em formato digital foi uma realização da Comissão de Psicologia em Emergências e Desastres em parceria com a Comissão Especial de Eventos do Conselho.
O evento, que contou com a presença de cerca de 50 pessoas, iniciou com as boas-vindas de Mônica Valéria Affonso Sampaio (CRP 05/44523), psicóloga, conselheira, coordenadora da Comissão Especial de Eventos e integrante da Comissão de Emergência e Desastres do CRP-RJ; e coordenadora do CEAM Japeri (Centro Especializado de Atendimento à Mulher). A conselheira pontuou que a Comissão de Psicologia em Emergências e Desastres foi uma deliberação do XVI Plenário, tendo como uma das primeiras ações concretas a publicação do e-book “Possibilidades da Psicologia em Situações de Emergências e Desastres” , fruto de ampla articulação com outros Eixos, Núcleos e Comissões do Conselho. A publicação é um importante referencial para as (os) profissionais da Psicologia que atuam neste contexto tão desafiador.
A partir daí houve a apresentação do CREPOP – Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas – com a assessora da Comissão Regional de Psicologia e Políticas Públicas (CRPPP) Roberta Brasilino.
Além de explicar a metodologia com qual são produzidas as Referências Técnicas, Brasilino também apresentou o documento “Referências Técnicas para atuação de Psicólogas (os) na Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres” , lançado em outubro de 2021.
Claudia Simões (CRP 05/30182), psicóloga, coordenadora estadual da Proteção Social Especial de Alta Complexidade na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, conselheira efetiva e coordenadora do Núcleo de Assistência Social do CRP-RJ, trouxe uma fala sobre a atuação de psicólogas e assistentes sociais do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) nesses contextos de calamidades públicas e emergências, pontuando, inclusive, normas e resoluções que embasam a oferta destes serviços.
Simões descreveu diversas possibilidades de atuação no momento de resposta ao desastre, mas também durante o período de normalidade nos diversos equipamentos da política de assistência social. A psicóloga finalizou ressaltando a importância da qualificação profissional, a valorização e a consolidação do SUAS como política de proteção social de fato.
Por fim, Elizabeth Souza da Silva, assistente Social da PCRJ, graduada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), pós-graduada em Gestão em Saúde pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e atual coordenadora de Ações Especiais da Subsecretaria de Proteção Social Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) fez um resgate dos subsídios oferecidos pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, relativos ao conceito do Ciclo de Gestão de Riscos e gerenciamento de desastres, compreendendo as etapas da prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, e sobre diretrizes oferecidas pela Lei n. 12608 de 2012, com destaque para a articulação entre os entes federados, abordagem sistêmica, ênfase na prevenção, estudo sobre os riscos e ocorrências e participação da sociedade civil.
Foram apresentadas as diretrizes para atuação da assistência social em contextos de emergências socioassistenciais, enfatizando: a primazia do poder público, foco nos territórios, garantia de direitos, participação e controle social e atuação intersetorial e após essa contextualização, Silva falou sobre os objetivos do Plano de Contingência da Política de Assistência Social no Rio de Janeiro, para situações de desastres, incluindo impactos causados por eventos como: chuvas fortes ou prolongadas, incêndios, colapsos estruturais, etc, ou para situações de retiradas preventivas indicadas pela Defesa Civil Municipal.
“Para garantia da vigilância territorial e gestão da informação, foi desenvolvida a Plataforma de Gestão de Riscos, com dados cadastrais das famílias afetadas e painéis para visualização do perfil da população e demandas socioassistenciais”, finalizou a assistente social.