Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Luta contra a AIDS, 1º de dezembro marca também o início da campanha “Dezembro Vermelho”, que tem o objetivo de sensibilizar toda a sociedade sobre a importância da prevenção e combate ao HIV/AIDS e também a toda a forma de preconceito e discriminação que ainda afetam os portadores dessa doença.
A chamada Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS, na sigla em inglês) é a doença infecciosa que mais mata no mundo. Ela afeta o sistema imunológico, enfraquecendo-o drasticamente e tornando o organismo suscetível ao aumento de infecções e doenças.
A AIDS não tem cura, mas pode ser prevenida e, em caso de contágio, pode ser tratada por meio de medicamentos antirretrovirais que agem no organismo reduzindo infecções, controlando a multiplicação do vírus HIV e proporcionando, com isso, a melhora na qualidade de vida de seu portador.
O Brasil disponibiliza um dos mais avançados tratamentos à doença. Por meio do Programa de Aids do Ministério da Saúde, exames de prevenção e também os medicamentos antirretrovirais são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Ministério da Saúde criou uma portal on-line contendo todas as informações relacionadas à prevenção, à detecção e ao tratamento à doença, além dos serviços oferecidos pelo SUS. Basta acessar www.aids.gov.br.
Apesar dos significativos avanços no tratamento à AIDS nas últimas décadas, o tema, ainda hoje, é cercado de mitos e preconceitos, fato que dificulta ações ampliadas de prevenção e tratamento da doença.
A AIDS mata, mas o preconceito mata muito mais. Pesquisas recentes do Ministério da Saúde apontam que os maiores índices de mortes provocados pela doença estão atrelados à não adesão ao tratamento ou ao diagnóstico tardio. Além disso, percebe-se um aumento preocupante de casos de depressão nos portadores da doença.
Diante disso, o papel da (o) psicóloga (o) deve ser o de promotora (or) da qualidade de vida e saúde mental desses sujeitos, esclarecendo os diversos mitos que ainda circundam o tema e combatendo as formas de preconceito e discriminação que afetam cotidianamente as pessoas que vivem e convivem com HIV / AIDS.
Em dezembro de 2008, o Conselho Federal de Psicologia lançou as Referências Técnicas para a Prática da (o) Psicóloga (o) nos Programas DST/AIDS, disponíveis para download e visualização gratuitos em nosso site.
O CRP-RJ convoca, portanto, todas (os) as (os) profissionais de Psicologia a abraçarem também a importância do Dia Internacional de Luta contra a AIDS e da campanha “Dezembro Vermelho”, lembrando sempre que a AIDS mata, mas o preconceito mata muito mais.