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Último evento da agenda comemorativa do mês da Luta Antimanicomial na Baixada acontece em Nova Iguaçu


Data de Publicação: 18 de junho de 2018


foto baixada 1Encerrando a agenda de eventos do mês da Luta Antimanicomial, a Subsede do CRP-RJ na Baixada Fluminense promoveu, no dia 29 de maio, o debate “Lutar é preciso: Reflexões sobre a conjuntura da saúde mental no país”.

O evento foi aberto pela psicóloga e colaboradora da Comissão Gestora do CRP-RJ na Baixada Rogéria Ferreira Thompson (CRP 05/52415) e contou com a presença de psicólogas (os), estudantes e profissionais de outras áreas mobilizados em favor da Luta Antimanicomial.

A mediação ficou por conta da conselheira integrante da Comissão Gestora da Baixada Viviane Siqueira Martins (CRP 05/32170), que ressaltou a importância da militância de profissionais e usuários na Luta Antimanicomial. “A Reforma Psiquiátrica não veio de graça. Tudo foi conquistado através de muita luta e quem está na Saúde Mental há muito tempo conhece essa trajetória”, destacou.

A conselheira também compartilhou sua experiência pessoal, como familiar de um usuário, junto ao manicômio. “Eu tinha um tio internado no Dr. Eiras e, quando vemos os filmes retratando o cotidiano dentro de um manicômio, confirmo que era exatamente daquela forma: pessoas nuas vagando pelos corredores, sendo maltratadas. Era eletrochoque, surra, banho gelado, tortura em cima de tortura”, relatou.

O debate foi aberto pela psicóloga e psicanalista técnica do CAPS III Jair Nogueira, em Nova Iguaçu, Soneide Sales Lima (CRP 05/21395), que abordou o tema: “Saúde Mental e Violência”. “Como o tema é violência, eu vou falar de uma violência que é quase estrutural, que já vem de anos contra o louco, contra as pessoas que precisam de atendimento na Saúde Mental”.

foto baixada 2Soneide lembrou a importância da (o) psicóloga (o) na Luta Antimanicomial e destacou o protagonismo da categoria no atendimento e no cuidado aos usuários de Saúde Mental. “É preciso ouvir e acolher o usuário como um sujeito, e não como ‘o louco’”, defendeu a psicóloga.

O debate seguiu com Vera Lima (CRP 05/51313), psicóloga clínica que também atua no CAPS III Jair Nogueira, em Nova Iguaçu. Abordando a temática “Reforma Psiquiátrica e Resistência”, Vera ponderou que “a Reforma Psiquiátrica é um processo político e social coletivo, que pertence a todos nós”.

A psicóloga abordou também o surgimento das Residências Terapêuticas, as quais, segundo ela, foram essenciais no processo de desinstitucionalização preconizado pela Reforma Psiquiátrica. “Residências Terapêuticas são casas para usuários que permaneceram por muito tempo internados em hospitais psiquiátricos e, por conta disso, não conseguem retornar para suas famílias pois os vínculos familiares estão rompidos em função do longo período de internação”, afirmou.

 

 

 

 

 



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